Pense na Música

    Normalmente, quando estudamos um assunto novo, temos a tendência natural de aplicar esse estudo em todo momento que tocamos. Quando abordo esse tema durante um workshop, faço uma comparação com a roupa que escolhemos de acordo com o evento. Por exemplo, imagine uma pessoa de bermuda, camiseta floral e um tênis verde, chegando numa cerimônia formal... ele pode ir assim? Claro que pode! Mas, todos vão reparar nele, por causa da “desarmonia” das roupas com o contexto do evento.

    No meu modo de ver, entendo que é exatamente o que acontece em várias situações na música! Vejo algumas pessoas inserindo uma determinada frase fora de contexto, ou até mesmo, misturando outros estilos musicais no momento em que não cabe. Já presenciei uma ocasião no qual, um batera “forçou” um padrão de salsa em um contexto de balada de rock, com o andamento em 72 bpm em semínima. Novamente pergunto, ele pode fazer isso? Respondo que pode sim. Mas, sonoramente falando, será que fica agradável? Responda aqui nos comentários, quero saber a sua opinião. É muito importante entender o conceito e as características de cada estilo, como também as bases da sua subdivisão, e aí sim, você poderá fazer frases e padrões rítmicos em harmonia com a música. 

    Quero deixar uma dica valiosa, ouçam os trabalhos das bandas: Spyro Gyra e Yellow Jackets! Você receberá uma verdadeira aula de musicalidade, sensibilidade e maturidade musical. Fica muito claro o que tentei explicar aqui, pois não existe nenhuma nota tocada aleatoriamente, notas jogadas fora como alguns falam, ou algo do tipo, vamos fazer “brincadeira aqui”. Todas notas, padrões rítmicos e frases são minuciosamente pensadas, respeitando o contexto e principalmente, a música.



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